Autódromo de Curitiba tem portas dos Boxes vendidas e segue ameaçado

A comunidade automobilística de Curitiba e Região, vive em constante ameaça de, a qualquer momento, se verem sem seu Autódromo, a ultima “novidade” foi a retirada de todas as portas dos boxes para venda.

Depredar o próprio patrimônio para desencorajar os locatários, esta parece ser a nova estratégia dos administradores do AIC, para finalmente transformar o patrimônio num simples terreno. Estariam os proprietários ficando loucos? Não, esta seria uma forma de, ainda que lentamente, afastar a única ameaça à venda do terreno, pois o que mais vem atrapalhando os planos de quem tem interesse em vender a área é o fato de ali funcionar um autódromo.

O AIC está localizado na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e a Cidade de Pinhais tem total interesse na permanência do espaço sendo usado como Autódromo e com isso trazendo visibilidade e receita ao município sempre que um grande evento como, por exemplo, a Stock Car desembarca por lá. A Prefeitura é tão a favor da continuidade do Autódromo que informações dão conta de que a atual administração não liberaria alvará para nenhuma outra atividade naquela área que não fosse um Autódromo, verdade ou não, é de conhecimento público o apresso que a Prefeitura da Cidade tem pelo AIC.

Outro “problema” para os interessados na venda é a comoção publica gerada não apenas na comunidade automobilística, como na população em geral, tanto da cidade de Pinhais quanto de Curitiba, pois mesmo os menos interessados no esporte reconhecem a importância de se ter uma praça que atraia eventos de porte para a região.

As portas: Nos últimos dias, logo após o Evento do Endurance Brasil em conjunto com o Porsche Clube de Curitiba, algumas portas de Box já começaram a ser desmontadas, a informação que foi passada às Equipes do Metropolitano de Marcas, evento que aconteceu na semana seguinte era de que todas as portas teriam sido vendidas e que as equipes ocupantes dos boxes sem portas naquele final de semana se responsabilizassem por seus equipamentos.

Aluguel do Autódromo: Durante o mesmo Evento, o Metropolitano de Marcas, organizado pela Federação Paranaense de Automobilismo, um Oficial de Justiça teria procurado representantes da Federação para “reter” o valor a ser pago referente ao aluguel do Autódromo, porem o valor já havia sido repassado à administração do AIC, detalhe, pago por outras vias que não a bancaria, pois ao que tudo indica valores pagos via banco estariam sendo bloqueados.

Venda do Autódromo: Tudo que já foi dito, ou que seja dito neste sentido, permanece no campo da especulação, mas ao que se sabe, o AIC pertence a dois donos, destes, um tem total interesse na venda, outro nem tanto. Chegou-se até a beira de uma concretização da venda de parte do terreno para a ALL América Latina Logística, empresa de transporte Ferroviário, porém o que se sabe é que o negocio que esteve muito perto de ser fechado simplesmente não aconteceu. Aí volta a especulação sobre o interesse ou falta de, da Prefeitura de Pinhais na Instalação de um Estacionamento de Trens onde hoje é um Autódromo, fato é que o negocio não foi adiante.

Depredação do Patrimônio: Num primeiro momento pode parecer estranho, mas como já foi dito, se a área onde hoje é o AIC, com no mínimo um grande Evento anual não é rentável aos seus donos, para as cidades de Pinhais e Curitiba é muito interessante, porem se aquela área fosse apenas um latifúndio abandonado, um imenso terreno baldio, aí talvez houvesse interesse até mesmo da Prefeitura de Pinhais em que ali fosse construído algum empreendimento, seja comercial ou residencial. Parece ser nisto que ao menos um dos proprietários parece apostar. A retirada das portas agora, amanhã a desativação dos camarotes, a falta de manutenção e quem sabe com o passar do tempo venha o desinteresse de Categorias como Stock Car, Porsche Cup e Copa Truck entre outros pelo local e com isso a transformação do que é hoje, um autódromo, em um simples terreno abandonado.

Risco: O possível abandono do autódromo pode ter um efeito nocivo, pois até onde consegui apurar, a área tem pendências de impostos com o Município de Pinhais e em alguns casos como, por exemplo, o não pagamento de IPTU, pode gerar até mesmo algum tipo de processo que envolva a desapropriação por parte do Município, não que seja este o caso, mas nenhuma hipótese pode ser descartada quando o que se tem de informações é sempre “em off” e quase nada de oficial.

O fato real é que, entra ano e sai ano, a ameaça de desativação do Autódromo Internacional de Curitiba paira sobre nós como um fantasma, mas desta vez a estratégia de acabar aos poucos com o AIC ganha força, já se foram as portas dos boxes, amanhã os camarotes e em questão de tempo talvez nos deparemos com um cadeado no portão, ou pior, plagiando o que disse uma colega jornalista, talvez vendam o portão e não se tenha nem onde por um cadeado.