O automobilismo, diferente do
futebol, não esta nos noticiários esportivos do dia a dia, as noticias de
bastidores não tem o alcance devido e os seguidores do esporte, quase nunca
sabem o que ocorre extra-pista.
No Brasil, categorias de
automobilismo surgem e desaparecem com a mesma naturalidade e sem nenhum prévio
aviso. Lembro-me bem de alguns casos, como o extinto Renault Speed Show, evento
que contava com três categorias, entre elas a Copa Clio que chegou a contar com
mais de quarenta carros, e do dia para a noite foi extinto sem nenhum aviso. O
publico que marcava presença nos autódromos simplesmente ficaram com menos um
evento, simples assim. Tivemos outras categorias que simplesmente
desapareceram, como a GT3, Formula Future ou Copa Linea, isto pra lembrar-se
das mais recentes.
Hoje vemos mais uma categoria as
margens do desaparecimento, a Formula Truck, porem, sua queda tem sido lenta e
dolorosa, sobre tudo para o publico que nada sabe, mas que nota ao ir ao
autódromo que algo mudou e nenhuma satisfação lhes é dada.
A falta de clareza da categoria
para com seu publico fiel e tido como o maior publico dentre todas as
categorias de automobilismo no Brasil, beira o estelionato quando notamos o desapontamento
das pessoas que ainda vão aos autódromos ou assistem pela TV, e se depara com
seis ou sete caminhões, com nomes absolutamente anônimos (para estas pessoas)
guiando caminhões quase sem patrocínios e uma disparidade técnica gigante entre
estes pilotos, com alguns tomando varias voltas dos ponteiros.
Mesmo eu tendo anunciado aqui a
saída de Wellington Cirino, três dias antes da etapa de Londrina, o anuncio
oficial veio só na terça-feira após a corrida, uma clara tentativa de ocultar o
fato para não perder ainda mais prestigio.
Mas, melhor do que minha opinião é
ver o desapontamento do publico e seus comentários deixados na pagina da
categoria no Facebook, e claro, comentários sem nenhuma resposta.
Culpar a crise, a debandada dos
pilotos ou quem quer que seja, é valido, não responder a imprensa, é valido,
mas não dar satisfação ao seu publico, até aqui fiel, vender ingressos aos
mesmos preços do ano passado e oferecer um “espetáculo” que em nada lembra os
anos anteriores e não dar nenhuma satisfação, é imperdoável e geram com razão
comentários como os que seguem, repito, de fãs da categoria.
“Perdeu um pouco o brilho da
disputa com 8 caminhões. Mas mesmo assim foi show.” (Edilson Timóteo)
“O que houve com o Roberval
Andrade? Com os caminhões da Volks? Pq só tinha 8 caminhões no grid?” (Anderson
José Barbosa Santos)
“Categoria ACABOU, de fato” (Hugo
Ataliba)
“Me desculpe, mas 8 caminhões???
Ta difícil.” (Nelson Estrada)
“Falaram que eram 11 caminhões
esta etapa.” (Jonathan Nascimento)
“Cadê os Scania???” (Fabiano
Romero)
“Onde estão os demais brutos?
Leandro Toti, Roberval Andrade, Wellington Cirino, os caminhões da Iveco??”
(Wagner Luis Costa)
“Vai chegar o dia em que o piloto
entra na corrida já estando no pódio.” (Diego Palladino)
“Porque tem poucos caminhões??? O
que está acontecendo? Não vi nenhum caminhão Volkswagen... O que acontece?”
(Helton Fernanda)
“Acho que nos fãs da Formula
Truck, pagantes temos o direito de saber o que está acontecendo??” (Helton
Fernanda)
“Onde estão os outros caminhões,
uma equipe tão grande e hoje tão poucos correndo.” (Isaura Schimingoski)
“Acabou a graça de assistir
corrida... Muito pouco caminhão, perdeu o charme e um fã...” (Beto Lacowictz)
“Muito chato, não assisto mais,
não tem a maioria dos bons pilotos.” (Sérgio Rodrigues)
“Outra corridinha combinada em
Formula Truck!!!” (João Paulo Ferreira)
“Conta uma novidade agora porque
essa já sabia quem ia ganhar” (Elias Eleuterio)
“Poxa o Roberval Andrade e o Toti
nem correram” (Leonardo Schauren)
“Corrida esta muito chata, muito
pouco caminhão...” (Edson Luiz Pereira)
“Totalmente sem graça essa
corrida” (Luis Augusto Riva)
“Cadê as outras equipes” (Edélcio
José Racanelli)
E seguem assim os comentários,
repito, na pagina da própria categoria, volto a dizer, eu não preciso de satisfação,
mas acredito que estas pessoas sim.